Está em cartaz, em vários cinemas e vale a pena conferir!

Em 1984, o diretor realizou um curta-metragem sobre a perda de seu cachorro, baseado numa história real de sua infância. Os estúdios Disney julgaram a animação, à época, como sendo indesejada para crianças, o que levou Tim Burton a romper relações com a Disney.

Quase 30 anos depois, ele volta à sua antiga história de traços biográficos. Burton, como o menino Victor do filme, cresceu sem muitos amigos, o que estreitou sua amizade com o cachorro. No filme, o cão Sparky é atropelado ao correr atrás de uma bola. Victor se vale, então, de seus conhecimentos de Ciências para ressuscitá-lo e, tal como um Frankesntein, caminha sobre a tênue linha entre o possível e o impossível, o real e a invenção, o controle e a falta de controle das técnicas que manipula.

A sensibilidade do traço e a austeridade do preto e branco se casam à densidade psicológica do desenvolvimento da trama. A beleza visual reclama uma sala 3D.

Vale lembrar: os recursos do 3D aqui se colocam a serviço de um grande diretor e não dos banais e gratuitos efeitos especiais que dominam em geral as produções com essa tecnologia.

Não deixem de conferir!
Professor Verô.