Usar o celular em atividade de sala desperta a atenção de adolescentes

Usar o celular em atividade de sala desperta a atenção de adolescentes


De acordo com pesquisa TIC Kids Online Brasil 2016, divulgada dia 5 de outubro, das 24,3 milhões de crianças e adolescentes que acessam a internet no Brasil, 22 milhões navegam pelo celular. Para os resultados foram entrevistadas, entre novembro de 2016 e junho de 2017, 2.999 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos de todo o país.

O uso está ligado à sala de aula, embora fisicamente distante. Essa informação fica evidente com os 81% de pesquisados que dizem usar a rede para fazer trabalhos escolares, enquanto apenas 33% acessam a internet na escola. O número pode estar vinculado aos esforços dos professores de exigir que o aparelho esteja desligado e guardado durante as aulas.

Para alguns, no entanto, a presença constante do celular é um desafio que pode render soluções criativas. Foi o caso do quiz feito pelo professor de Português Adalberto Gomes, o Dagô. Usando a plataforma Google Classroom, usada no Colégio CPV, ele montou um jogo de perguntas e respostas sobre o assunto dado em sala de aula. “É um teste como qualquer outro, com as vantagens de usar um dispositivo que eles já conhecem e de ter o resultado na hora”, explica.

A preparação é rápida. De acordo com Dagô, levou pouco mais de 30 minutos para colocar perguntas e respostas na ferramenta e disponibilizar para as turmas corretas. “No painel de gerenciamento eu consigo ver quem já respondeu e, depois da atividade ser encerrada, tenho todas as estatísticas de desempenho em tempo real”, conta. De fato, logo após aplicar o teste para os alunos da 2ª série do Ensino Médio, o professor aproveitou as questões menos acertadas para retomar assuntos nos quais os alunos apresentaram mais dificuldade.

A agilidade agradou também aos alunos. Guillermo Garces Sanchez Nieto gostou desde a aplicação até o fechamento. Para ele, só o fato de mudar do papel para o celular já despertou a atenção. “Por ser diferente, prendeu a atenção”, diz. E a rapidez do resultado está em consonância com as expectativas da geração. “Sempre fico ansioso para saber o resultado, foi muito bom saber no mesmo dia como eu fui”, conclui.

Matéria publicada originalmente no Blog do CPV no Estadão.

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